"Falamos e escrevemos sempre do mesmo jeito?"
Acredito que não falamos, nem escrevemos e nem lemos sempre do mesmo jeito, pois a leitura, a fala e a escrita sofrem influências de diversos fatores, entre eles: sociais, regionais, culturais.
Existem situações formais que exigem certa postura para nos expressarmos, enquanto que em outros momentos realizamos isto de forma informal, natural. Também quanto nos referimos a pessoas de determinadas posições sociais a um modo específico de nos pronunciarmos, o mesmo ocorre na escrita de bilhetes, cartas, e-mails. Para confirmar isto Foucault, 1998 nos traz o seguinte: “Não falamos sem¬pre da mesma forma, não escrevemos adotando sempre o mesmo estilo. As condições de produção do discurso - o contexto de uso da linguagem, o lugar do qual falamos, o interlocutor - interferem na seleção do conteúdo (o que dizer) e das estratégias do dizer (como dizer). O discurso sofre controle exter¬no e interno dentro de sistemas de apropriação, doutrinas e sociedades de discurso, sendo que as proibições podem ser sobre o assunto a ser explorado, a circunstância de fala, os sujeitos envolvidos, os comentários produzidos e a coerência da nossa identidade como autores, conforme regras aceitas como "verdadeiras" para produzi-los.”
A muitas diferenciações que podem ocorrer entre fala e escrita, estas diferenças se dão devido ao momento, local e ocasião na qual fazemos uso da escrita e fala. Kleiman nos afirma o seguinte: “A escrita também não é uma modalidade fixa, não é sempre formal/ sofisticada/planejada, assim como a fala não é, em todas as situações de comunicação, informal/coloquial e sem planejamento.”
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Um comentário:
Olá, Andréia: Dentro do que trazes, o que podes associar com tua prática? O que pensas que pode mudar a partir destes conhecimentos? Abraço, Anice.
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